Hoje será o dia mais longo e dificil da viagem um trecho de 500KM com 250 de asfalto e 250 de off-road. Os relatos que li sobre este trecho os motocilcistas que não desistiram devaram entre 10horas os mais experientes até 15horas. Muitoas desistiram no caminhho.
Acordamos
as 5:30 mais uma vez...rsss. E as 6:30 já estavamos em cima das motos, nossa
logistica de arrumar tudo e sair esta ficando mais eficiente, mas também não
tomamos café.
Logo na
saida da cidade o Glauco perdeu o comunicador. Ele acabou caindo e quebrou.
Saimos de
Santa Cruz pela RN 7 sentido Samaipata, trecho muito bointo entre vales e
montanhas com asfalto bom. O trecho mesmo sendo de asfalto não rende muito
devida as varias cidadezinhas que ela cruza e os techos entre as montanhas
cheios de curvas que valem a pena.
Chegamos em
Samaipata e paramos numa vendinha para tomar café, compramos agua para os
camelbaks e eu comprei um pouco de folha de coca para ajudar a minimizar o mal
de altitude e reduzir a sensação de cansaço, principalmente no trecho que viria
de off-road pela frente.
Deixamos
Samaipata e seguimos rumo a La Palizada, pela mesma RN 7, onde abasteceriamos
as motos, murxariamos os pneus e onde comecaria o trecho desafiador do dia.
Na chegada
em La Palizada, tem um posto de gasolina. Neste momento eu e o Flavio entramos
no posto e nos perdemos do Glauco. Chegamos até a ir atrás dele mas não
conseguimos encontra-los. Abastecemos as motos, murchamos os pneus e depois de
1 hora ele apareceu. Dica. Sempre que alguem se perder, PARE e espere o grupo
reencontra-lo.
A estrada
para Aiquille-Sucre, RN 5, começa praticamente em frente ao posto. É uma
estradinha minuscula de terra que mal da pra acreditar que é uma rodovia
nacional...rsss
Os
primeiros kilometros foram de assustar...muita areia, lama, subindo e
descendo...mal deu pra apreciar o visual do lugar que vale a pena...rss. Até
Saipina o trecho judia bastante mas é bom para treinar a tecnica e pegar o
jeito da moto neste tipo de terrenos. Depois de Saipina o trecho vai melhorando
um pouco com com um pouco mais de chao batido e cascalho e areião apenas nas
curvas ou alguns pequenos trechos. Em varios trechos existem obras e em algumas
delas somos obrigados a aguardar a passagem.
O Visual da
estrada é lindo e em varios momentos vale a pena parar para tirar fotos,
existem varias pontes tambem que cortam os rios/riachos dos vales que cruzamos
neste trecho.
Durante
todo o caminho passamos por cidadezinhas bem pequenas e simples onde é possivel
tambem descansar, tirar fotos e tomar agua/refrigerante.
Depois de
Aiquille a estrada volta a ser de asfalto, com alguns pequenos trechos em
reforma ou de terra, onde conseguimos novamente impor um bom ritimo. A paisagem
muda um pouco, mas do mesmo jeito entre vale e montanhas, com rios/riachos
beirando a estrada...visão maravilhosa, muito parecida com alguns trechos do
Chile/Argentina e da descida dos Andes do Chile sentido a Argentina chegando em
Mendoza.
Pegamos o
ultimo trecho já no asfalto anoitecendo e a cor do ceu nesta regiao é muito
diferente de tudo que já tinha visto...uma alaranjado/avermelhado que chega a
ser sinistro...rsss Quanto mais subiamos mais sinistro ficava.
Hoje saindo
de uma altitude de 400m para 3000m em Sucre.
Chegamos em
Sucre as 19:00 a cidade estava com um
transito infernal. Não sei se é sempre assim mas chegamos num dia de festa, o
principal do ano para eles. Dia da padroeira da cidade, Nossa Sra de Guadalupe
e como nosso hotel era no centro levamos 1 hora pra chegar.
A cidade
lembra muito Ouro Preto com um centro historico bem legal, movimentado com
varios restaurates, museus, cafés, uma praça bem grande com varios predios
antigos em volta. Sucre é uma das cidades mais ricas da Bolivia e já foi a
Capital. Patrimonio da Humanidade.
Como o
Hotel não tinha estacionamento, alias nenhum no centro tem, levamos mais 1 hora
procurando um. Fomos conseguir um há 5 quadras do hotel. Este é um ponto
negativo de se ficar no centro de Sucre,
o que atrapalhou muito a nossa logistica, jantar e o tempo que tinhamos
para conhecer a cidade.
Assim que
guardamos as motos, no caminho de volta para o Hotel passamos em frente a um
restaurante simples, mas que tinha um grelha com varios cortes de carnes que
pareciam muito bons. Decidimos parar e comer por ali mesmo. Comi um lomito,
tomamos uma cerveja local chamada Huari e uma garrada suco Del Valle, acho que
não é a mesma Del Valle que encontramos no Brasil e a garrafa de suco era de
vidro muito parecida com uma de cerveja que temos em nosso pais. O suco era de
uma fruta local chamada Tumbo. Já que não tomamos nenhum tombo, resolvemos
tomar um tumbo a noite...rss
Depois de
comer seguimos para o Hotel, tomei um banho maravilhoso e capotei...estava
exausto fisico e psicologicamente...
O trecho de
Off-Road que ouvia ser dificilimo exije um pouco mas não é nada demais.
Qualquer um pode fazer e recomento. Levamos 6 horas para fazer e com uma
pouquinho de cautela e indo devagar qualquer um faz...eu mesmo não tinha
nenhuma experiencia e consegui fazer...só ir devagar...
Excelente relato, obrigado por divulgar essas informações. Esse trecho de Sta Cruz a Sucre tem bem pouca informação na internet, a maioria é de mochileiros que vão de ônibus e sempre colocando bastante apreensão com relação ao estado das estradas. Parabéns pela viagem!
ResponderExcluirMarcus,
ResponderExcluirObrigado pelo elógio. Fico feliz que meu blog possa ajudar, este é oojetivo além de ser uma forma de deixar gravado cada trecho da viagem na minha memória...
Ainda tem muito conteudo para subir, videos, fotos e mais detalhes do planejamento e de cada dia da viagem.
Qualquer duviva é só avisar...será um prazer ajudar!!!
Abs,
Como vou sozinho com a patroa não pretendo pegar a Ruta 7 e vou pela Ruta 4, que dever ser asfaltada.
ResponderExcluirClipmasterjki,
ResponderExcluirAcredito que o trecho pela RN4 realmente é mais tranquilo, mas mas existem alguns trechos em obras com trechos de terra.
Abs,