Acordei cedo e as 8 horas da manhã já estava com a moto pronta para a partida. Tomei um bom café da manhâ com suco, frutas e pão, fiz o check-out do hotel, me despedi do pessoal da recepção e parti sentido Rio Branco pela BR-317.
Assim que sai da cidade, passei direto pela fronteira do Brasil com o Peru, isso mesmo, Assis Brasil mesmo sendo uma cidade brasileira fica antes da fronteira do Peru com o Brasil e logo após a fronteira parei num posto do lado direito da estrada para abastecer e colar mais um adesivo da viagem. As 9 da manhã já estava bem quente e deu pra sentir que o clima realmente nesta região é é de muito calor e úmido.
A estrada assim que passamos para o lado do Brasil muda radicalmente, enquanto do lado do Peru o asfalto é perfeito, um tapete sem buraco algum, do lado brasileiro é difícil encontrar um trecho que não tenha buraco ou melhor crateras do tamanho quase da moto. O tempo todo é preciso reduzir a velocidade e escolher o melhor ponto para passar, inclusive utilizando a pista contraria. O mesmo acontece com quem vem no sentido contrato, a estrada é muito ruim, mas não tem um fluxo muito grande o que reduz um pouco o perigo. Não recomendo dirigir a noite por este trecho. Muita chance de acidente ou de quebra da moto.
Uns 15 quilômetros após sair de Assis Brasil um animal cruzou a pista e por sorte e reflexo consegui reduzir e desviar do animal e senti apenas um pancada na minha bota esquerda. Senti uma dor forte que durou alguns minutos, mas felizmente não cai e continuei a viagem pensando se o animal estaria bem. Uns 2 ou 3 quilômetros a frente quando precisei reduzir novamente a velocidade da moto devido aos buracos e tentei acionar o pedal de cambio, percebi que este não estava mais lá.
Provavelmente com a pancada ele se quebrou. Quando olhei para baixo tentando entender, percebi que o pedal ainda estava la mas totalmente para baixo. Instantanemanete olhei para o painel e vi que estava em 6a marcha, ai começava a parte emocionante da viagem, teria ainda 320km pela frente sem poder reduzir as marchas e poder parar a moto por qualquer motivo mesmo que fosse para abastecer.
Seriam 320k sendo que o painel apontava autonomia para no máximo 300km, varias trechos eu passaria por cidades, policia, buracos e lombadas sem poder reduzir e sem deixar a moto morrer. Por este motivo também não consegui fazer fotos do caminho, apenas filmagens com a câmera que estava no meu caminho.
Decidi então que o melhor a fazer seria manter uma media entre 70 e 80km.h e torcer para não ser parado por nenhuma policia e não pegar nenhum sinal vermelho durante o caminho.
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