Acordamos
6:00 da manha pois precisavamos estar bem cedo na fronteira do Brasil com a
Bolivia. As motos já estavam abastecidas, arrumamos tudo nas motos, tomamos
café, fizemos o checkout e partimos. Ouvi varios relatos de demora e burocacria
para conseguir dar a saida do Brasil e a entrada na Bolivia com as motos.
Chegamos na fronteira do Brasil as 7:45, estacionamos as motos e já havia uma
fila de umas 50 pessoas para fazer a entreda ou saida no Brasil. Isso mesmo, a
fila é única para quem entra e quem sai do pais. Como a imigração só abria as
8:30 ficamos ali conversando com alguns europeus que também aguardavam na fila
e aproveitei para pegar algumas dicas com alguns bolivianos que ali estavam.
As 9:00hs
conseguimos o carimbo no passaporte e seguimos para a imigração Boliviana que
fica 100m logo a frente. Chegando lá fomos direto para a imigração, lá
preenchemos um papel verde muito paracido com os que temos que preencher quando
entramos nos EUA. Esse processo levou mais uns 30 minutos.
Em seguida,
logo em frente a imigração, existe uma casa de cambio e já aproveitamos para
trocar dinheiro. O dono do lugar foi super atencioso e inclusive nos deu uma
mapa com o local que precisariamos pegar a Orden de Translado. Documento
obrigatório para transitar com veiculos extrangeiros na Bolivia, sem ele sua
moto pode ser apreendida e não existem meios legais de reaver o bem.
Seguimos
sentido Puerto Suarez, cidade proxima a fronteira, onde pegariamos nossas
Ordens de Translado. Logo no inicio da estrada tem um posto de gasolina e
aproveitamos para abastecer os galoes adicionais de gasolina. A venda foi muito
tranquila, mas realmente nos cobram um preço diferente do preço cobrado para os
Bolivianos, quase 3 vezes mais, muito parecido com o preço praticado no Brasil
mas aqui a gasolina é pura, não tem alcool na composição e rende muito mais.
Enquanto
abastecia perguntei para algumas pessoas onde ficava a aduana para retirar o
documento de entrada das motos, é preciso para pegar a orden de translado, mas
ninguem sabia...rss esse é um problema aqui na Bolivia, as pessoas são muito
desinformadas, cada um te dá uma informação diferente. As vezes na duvida,
melhor continuar na duvida...algumas vezes perguntar algo por aqui nos deixam
mais confusos.
Como
estavamos perto ainda da fronteira/imigração, decidi voltar e perguntar para o
nosso amigo da casa de cambio onde ficava a Aduana. Eles nos mostrou um
conteiner bem em frente a loja dele e a imigração e inclusive já tirou xerox de
todos os documentos que precisariamos entregar no processo de entrada da motos.
Seguimos
para a aduana e uma moça muito simpatica e fã de motos nos atendeu, tirou fotos
com as motos e preparou a papelada para a gente. Após verificar todos os
documentos e as motos, ela olhou a placa e o chassi para ver se batiam com os
do documento, preparou um documento e nos liberou. Aqui tambem precisamos preencher
mais um papel.
Ufa, agora
sim conseguimos entrar na Bolivia. Seguimos para Puerto Soarez que fica proxima
e caminho para Santa Cruz nosso destino do dia. Chegando lá fomos até a
delegacia de transito e pegamos a Orden de translado, o processo é rapido e de
graça, mas logico que os policiais nos pediram uma ajuda. Pediram 30 bolivianos
e demos 2 dolares....rsss
Já eram
12:00 quando saimos da delegacia e começamos realmente nosso trecho de moto
pela RN 4 até Santa Cruz.
Estava
muito preocupado com este trecho da viagem na RN 4 devido alguns relatos de
brasileiros que foram assaltados/roubados, principalmente na primeira parte da
estrada até Roboré. Assim combinamos de não parar em nenhum momento e manter um
bom ritmo para passar por ele o mais rapido possivel e também não sermos
ultrapassados por ninguem.
A estrada é
muito parecida com a que pegamos no chaco argentino em 2013 durante a Expedição
Atacama. Longas retas, asfalto em bom estado, muitos animais em torno da pista
como vacas, cachorros, ovelhas etc, que nos obriga a ficar atentos e
conseguimos impor uma boa velociadade entre 120 e 150km/h. Durante o caminho
existem alguns pedagios, geralmente na entrada ou saida das cidadelas mas moto
não paga. É comum na estrada encontrar motociclistas em pequenas moto sem
capacete e incluisve motos com até 4 pessoas em cima...rsss
Seguimos
assim até roboré, o sol novamente estava forte, na casa dos 35ºC. Chegando em
Roboré paramos para abastecer. O Posto fica na segunda entrada da cidade, bem
ao lado direito da estrada. Novamente fomos bem atendidos e pagamos o preço
para brasileiros. Ah, em praticamente todos os postos existem militares
cuidando do movimento e garatindo que será cobrado o valor adicional para os
brasileiros. O posto tinha uma boa estrutura inclusive uma lanchonete.
Aproveitamos para tomar agua e abastecer os camelbaks.
Seguimos
viagem e a nossa proxima parada seria em San Jose de Chiquitos, para abastecer
novamente, tirar uma foto na igreja principal pois é umas das principais da
região, esta parte da Bolivia teve muitas missões jesuitas e comer uma carne
numa churrascaria Brasileira.
Entramos na
cidade pela entrada principal e logo a frente a esquerda já encontramos o posto
de gasolina. Abastecemos as motos, desta vez demorou um pouco mais. Geralmente
os abastecimentos levam uns 30 minutos pois precisam anotar nossos dados e da
moto, colocar tudo num sistema e emitir uma nota.
Motos
abastecidas seguimos para a praça principal da cidade, tiramos algumas fotos e
decidimos comer por ali mesmo em um café muito agradavel, nem parecia que
estavamos na Bolivia. Como já eram aprox. 3:30 / 4:00 da tarde decidimos
abortar a churrascaria e aproveitar para jantar bem em Santa Cruz. Comemos um
lanche rapido e seguimos o caminho.
Este ultimo
trecho aceleramos para chegar o quanto antes em Santa Cruz e pegar o menos
tempo possivel de estrada a noite.
Chegando
mais proximo de Santa Cruz o transito de veiculos aumentou e em Paillon eu e o
Glauco fomos parados pela policia. Pediram para que fossemos até a guarita. Um
policial pediu o documento da moto e a habilitação e sem praticamente olhar o
documento comecou a falar sobre o transito de Santa Cruz, que os motoristas não
são educados, tudo para pedir uma contribuição no final. Assim que pediu a
contribuição viu a camera do capacete do Glauco, perguntou o que era, dissemos
que era uma camera, ai nos agradeceu sem darmos nada e nos liberou para seguir
viagem.
Pilotamos
aprox. 1 hora a noite e as 19:00 estavamos em Santa Cruz.
Fomos
direto ao hotel mas como sempre o GPS não acha o endereço exato, chega na rua
mas erra a numeração. Aproveitamos para já abastecer as motos novamente e
perguntando achamos o Hotel. Já era 20:00hrs. Até conseguirmos fazer o checkin
levar as coisas pro quarto e tomar banho já eram mais de 10:00 e cansados
decidimos sair a pé pela avenida onde estavamos e comer algo por ali mesmo.
Achamos na esquina uma lanchonete, tomamos uma coca-cola cada um, um x-salada e
fomo dormir pois o dia seguinte seria o mais longo e dificil da viagem.
De Corumbá até Santa Cruz já está 100% asfaltado? Obrigado, Marcus DT.
ResponderExcluirMarcus, 100% asfaltado...estrada perfeita e um retão só!!! Postos em varios pontos, logo após a fronteira com a Bolivia, em Roboré (na estrada mesmo) e em San José de Chiquitos (entrada da cidade).Vendem sem problema para estrangeiros mas ao preço de 8.60 bolivianos.
ResponderExcluirPouco transito até chegar próximo a Santa Cruz e cuidando com animais que uma vez ou outra atravessam a pista.
Abs,
Valeu Erick, obrigado pela info! Abs.
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